sem titulo

o
chuveiro
chora

a
mangueira
urina

e
essa
chuva
desanima.

mestre menino vitalino

Aqui
o
barro
se
move
modela
o
corpo
do sertão
de
longe
o
olhar
do
cego
esquece a
ladainha
da
lamentação
convocando
lampião.

boneco
vitalino
soldado
cagaçeiro
é
cabra
macho
Dom
quixote
desbravando
a
odisseia
do
sertão.

A
minha
rabequinha
som
corrente
no
sertão
vem
conhecer
tudo
isso
lá
com
o
boneco
vitalino.

é
casamento
a
noiva
de
barro
chora
o
pífano
de
barro
não
pífa
e
o
cachorro
de
barro
late
na
festa
do
ermo
que
nunca
mais
será
o
mesmo.

Vem, conhecer o seu sertão
Vem, fazer parte da fuzarca
Vem, o sertão é tudo isso
quando vejo o boneco vitalino.

desafio o meu desabafo
a fazer tudo de novo
coragem me falta
para
fazer
tudo
em

dobro

aprendi amor
de
televisão
vi
Gloria
Tarcisio
nesta
tal
paixão

aprendi amor
de
sertão
com
Maria Bonita
e
Lambião

aprendi amor
de
verdade
amanha
quem
sabe

madrugada

dou petelecos em estrelas
acho que são guias.
competindo com a corujas
sendo cinico com o dia